Chevrolet Kadett: do carro da família ao meu primeiro automóvel
Desempenho sólido, estabilidade e presença marcante na estrada
AÇÃO - NOSTALGIA
12/2/20253 min read


Depois da Marajó, a família avançou para um carro mais moderno, dinâmico e prazeroso de dirigir: em 1997, meu pai comprou um Kadett GL 1.8 de 1995, praticamente novo, com apenas dois anos de uso. Para a época, era um carro muito atual, com linhas modernas e comportamento dinâmico totalmente diferente da Marajó. A dirigibilidade era mais precisa, o motor tinha mais fôlego e o carro transmitia maior sensação de segurança e esportividade.
Depois de alguns anos, já casado, tive meu próprio Kadett, modelo GLS 97, que foi o meu primeiro carro. Ele vinha equipado com motor Powertech 2.0, o mesmo usado no Vectra da época, e com injeção multiponto(MPFI), oferecendo desempenho superior, respostas rápidas e maior refinamento em relação ao GL 1.8 do carro que minha família teve anos antes. O último facelift trouxe linhas mais modernas e visual atualizado, tornando a dirigibilidade ainda mais agradável na cidade e na estrada.
Um detalhe que sempre me marcou foram as rodas idênticas às do Opel Tigra, aro 14″, que davam ao Kadett GLS 97 um visual moderno e esportivo, reforçando sua presença na rua.
Curiosidade técnica: válvula de ajuste da suspensão traseira
Um detalhe curioso do Kadett GL 95 da minha família é que ele tinha uma válvula de ajuste da suspensão traseira, localizada no porta-malas. A função era permitir aumentar a pressão quando o carro estava carregado, ajustando a altura e mantendo a estabilidade. É algo que muita gente nem imagina que existia, pouco conhecido, sendo uma das muitas peculiaridades técnicas que tornavam o modelo tão interessante.
O Kadett GLS 97 combinava desempenho, conforto e prazer de dirigir. A suspensão era firme, mas confortável, e o carro se comportava bem tanto na cidade quanto na estrada.
Versões e gerações do Kadett no Brasil
O Kadett teve uma trajetória rica entre 1989 e 1998, com várias versões que atendiam desde o público mais básico até quem buscava desempenho esportivo:
SL / SL/E (1989–1990): versões de entrada e intermediárias, com motor 1.8, focadas em economia e praticidade.
GS (1989–1991): versão esportiva original, com motor 2.0 e visual diferenciado.
GSi (1991–1994/95): evolução do GS, com injeção eletrônica, maior potência e refinamento.
GL / GLS (meados dos anos 90): versões intermediária e topo de linha, com acabamento melhor, motor 1.8 ou 2.0, câmbio 5 marchas em algumas versões.
Sport (1996): criada após o fim do GSi, com motor 2.0 monoponto, acabamento mais simples, adesivos esportivos e custo reduzido — oferecia visual esportivo, mas desempenho inferior ao antigo GSi.
Vale lembrar que, no Brasil, o Chevette nada mais é do que a versão Kadett C, fabricada localmente pela GM, uma curiosidade que muita gente não sabe, mostrando como a plataforma Kadett influenciou outros modelos populares no país.
Séries especiais do Kadett no Brasil
Além das versões regulares, o Kadett também teve séries especiais que marcaram a história do modelo:
Kadett Turim (1990): Recebeu este nome porque a sede da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990 era a cidade de Turim, na Itália. Esta série limitada vinha com bancos Recaro, rodas diamantadas de 13″, aerofólio exclusivo e pintura com faixa lateral cinza, tornando-a bastante especial e cobiçada entre colecionadores.
Kadett Lite (1993): Uma versão mais simples, com conteúdo enxuto, voltada para custo-benefício.
Kadett GS (1991): Versão esportiva que deu origem ao GSi; tinha interior preto com listras coloridas e teto solar vermelho Hainan, sendo extremamente rara.
Kadett GSi Conversível (1992): Modificada na Itália, lançada comercialmente como versão exclusiva e esportiva.
Kadett Wave, Sol e Flair:
Wave (1992): Série especial com visual diferenciado.
Sol (1993): Outra edição limitada, destacando-se pelo acabamento e detalhes.
Flair (1994): Baseada na versão SL/E, com acabamentos esportivos e motor 2.0.
Legado do Kadett
O Kadett marcou a transição da família para carros mais modernos e foi o meu primeiro automóvel, deixando lembranças da fase adulta, viagens, trajetos diários e aquela sensação especial de liberdade ao volante. Para o Tela e Ação, ele representa mais do que ficha técnica: é a memória de um carro que uniu família, desempenho, estilo e diversão em um só veículo.
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