Chevrolet Marajó: SW da família, nostalgia e primeiras experiências ao volante
A Marajó SL 84 1.6 a Álcool foi o carro da família entre 1990 e 1996, marcando o início da minha vida ao volante.
AÇÃO - NOSTALGIA
12/2/20252 min read


Quando se fala de carros familiares nos anos 80 e 90, a Chevrolet Marajó ocupa um lugar especial. Produzida entre 1980 e 1989, era a versão station‑wagon do Chevette, oferecendo espaço, praticidade e dirigibilidade que poucas peruas compactas nacionais tinham.
Minha família teve uma Marajó SL 84 1.6 a Álcool, azul marinho, de 1990 até 1996, justamente o período em que tirei minha carteira de motorista. Foi o primeiro carro que dirigi, e não só isso: minhas primeiras aventuras ao volante e, claro, meus primeiros rolês aconteceram com ela. A versão 84 já era o facelift, trazendo melhorias estéticas, detalhes modernos e câmbio de 5 marchas, em relação a modelos mais antigos que tinham apenas 4 marchas.
A Marajó SL 84 a Álcool se destacava pelo desempenho relativamente bom em relação à gasolina, estabilidade típica de uma perua e conforto razoável para a época. Embora não fosse um carro esportivo, tinha suspensão traseira firme, dirigibilidade confiável e era estranhamente leve para manobrar, mesmo sem direção hidráulica — mais fácil que outros carros com direção convencional. Meu pai vivia dizendo que, quando a gente viajava com ela carregada, cheia de bagagens, ela ficava ainda mais prazerosa de dirigir — estável, segura e confortável mesmo em longos percursos.
Como a Marajó era a álcool, lembro que precisava de uma bateria bem grande, algo em torno de 60 amperes. No inverno, pegar o carro era sempre um desafio: era preciso dar vários arranques para o motor pegar, e a bateria de maior capacidade ajudava bastante nisso.
Prós e contras
✅ Pontos positivos:
Espaço interno e porta-malas versátil — ideal para família, compras, bagagens.
Suspensão traseira firme e estabilidade notável, mesmo com carga.
Direção leve, facilitando manobras urbanas mesmo sem assistência.
Mecânica relativamente simples, fácil de manter em comparação com carros da época.
Conforto razoável para o uso urbano e rodoviário.
⚠️ Limitações / Pontos a considerar:
Desempenho modesto — não era um carro rápido, especialmente em subidas ou com carga.
Direção sem assistência, mas leve apenas em comparação a outros carros da época.
Com o tempo, conforto e acabamento mostravam sinais de envelhecimento diante de concorrentes mais modernos.
Legado da Marajó
A produção da Marajó foi encerrada em 1989, e a linha deu lugar à Chevrolet Ipanema, com design mais moderno e melhorias mecânicas. Mas seu legado permanece: para muitos, foi o “carro da casa”, carregando memórias de viagens, cotidiano e momentos familiares. Para mim, foi o carro que marcou o início da vida ao volante, minhas primeiras aventuras e lembranças inesquecíveis.
No Tela e Ação, valorizamos não apenas desempenho ou design, mas também o impacto que um carro teve na vida das pessoas. A Marajó é um exemplo perfeito: simples, prática, memorável — e especialmente inesquecível para quem começou a dirigir com ela.
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