Review - Honda CBX 250 Twister 2002

A moto que virou símbolo e marcou uma geração

AÇÃO - REVIEW NOSTALGIA

12/3/20253 min read

Poucas motos conseguem carregar, ao mesmo tempo, história, presença e memória afetiva. A Honda CBX 250 Twister 2002 é uma dessas. Eu sei disso porque tive uma — e até hoje lembro da sensação de sair com ela pela rua e sentir literalmente os olhares acompanhando a moto. Era aquele tipo de máquina que não precisava fazer esforço para chamar atenção: o design falava sozinho.

A Twister sempre teve algo diferente. Uma personalidade própria. Uma postura de moto maior do que realmente era, sem perder a leveza e a agilidade que a tornaram tão desejada por quem buscava algo acima das 125/150, mas que ainda fosse racional no bolso.

E sim, apesar de ser a estrela urbana, a Twister fazia parte da mesma família de projeto que deu origem também à XR 250 Tornado — cada uma com a sua proposta, cada uma brilhando em seu terreno. Mas aqui, o foco é ela: a street que redefiniu o que uma 250 deveria ser.

O impacto da Twister no Brasil — quando uma moto vira referência

O mercado de motos médias dava sinais de cansaço no início dos anos 2000. Faltava algo que fosse:

  • moderna,

  • bonita,

  • acessível,

  • com desempenho real,

  • e com uma pegada urbana esportiva.

A CBX 250 Twister entregou exatamente isso — e com um algo a mais. Ela se encaixou perfeitamente naquele espaço entre o econômico e o esportivo. Era a moto dos estudantes, dos jovens profissionais, da galera que saía da CG e sonhava com algo “de gente grande”.

A Twister rapidamente virou sinônimo de status na categoria 250. Quem tinha uma, mostrava. E quem não tinha, queria.

Minha experiência pessoal — vivendo com a Twister no dia a dia

A minha Twister 2002 foi uma das motos mais marcantes que já tive. Era impressionante como ela conseguia unir tudo aquilo que eu procurava:

  • Conforto na medida certa,

  • Aceleração forte sem parecer agressiva,

  • Agilidade absurda no trânsito,

  • Estabilidade impecável nas estradas.

Comprei a minha zero km. Lembro da pick-up da concessionária trazendo ela na minha casa. Que emoção. Descemos ela da caçamba e fui sentir ela. Que susto! O torque para alguém como eu, acostumado com motos 125, surpreendeu.

Mas nem tudo foram flores. A Twister passou por um grande recall no painel, algo que muitos proprietários lembram até hoje. No meu caso, precisei fazer a substituição — e apesar de ter sido resolvido, deixou aquela marca na memória. Faz parte da história do modelo, inclusive.

Ainda assim, nada disso tirou o brilho da moto. Pelo contrário: a Twister foi tão marcante que conseguiu atravessar décadas. Mudou de geração, mudou de design, mudou de tecnologia — e continua viva até hoje, reafirmando o impacto que teve lá atrás.

Como era pilotar a Twister 2002?

A Twister tinha uma pilotagem que impressionava pelo equilíbrio. Ela parecia acertada de fábrica para ser boa em praticamente tudo:

  • A entrega de torque era linear e confiável.

  • As retomadas eram animadas, mesmo com garupa.

  • A ciclística era precisa como poucas na sua faixa.

  • O banco tinha o conforto que muita moto atual não oferece.

  • E o câmbio… suave demais.

Era o tipo de moto que convidava o piloto a andar mais, a viajar mais, a usar mais.

E no visual… bom, a Twister sempre foi uma moto que envelheceu bem. O desenho da 2002 é reconhecível até hoje: simples, limpo, moderno na época e elegante até agora.

Ficha Técnica — Honda CBX 250 Twister 2002

Motor: 249 cm³, monocilíndrico, 4 tempos, OHC, arrefecimento a ar
Potência: 24,1 cv a 8.000 rpm
Torque: 2,48 kgfm a 6.000 rpm
Alimentação: Carburador
Partida: Elétrica
Câmbio: 6 marchas
Transmissão final: Corrente
Peso seco: 135 kg
Altura do assento: 780 mm
Tanque: 16 litros
Freio dianteiro: Disco
Freio traseiro: Tambor
Pneus: 110/70–17 (dianteiro) e 130/70–17 (traseiro)
Velocidade máxima real: Aproximadamente 145–150 km/h
Consumo médio: 25–30 km/l (variando conforme o uso)

Conclusão — A Twister não é apenas uma moto; ela é um marco

A CBX 250 Twister 2002 deixou um legado que poucas motos nacionais conseguiram igualar. Ela marcou o início de uma nova fase da Honda no Brasil, conquistou milhares de fãs — eu incluso — e se tornou referência não só pelo desempenho, mas pelo conjunto da obra.

É daquelas motos que, mesmo depois de anos, quando você vê passando… dá aquela nostalgia boa.

E agora que meu site começa a avaliar motos com esse toque pessoal, não tinha como escolher outra para inaugurar essa fase. A Twister foi marcante para mim — e foi marcante para o Brasil.

Uma verdadeira clássica moderna. Quer relembrar o comercial da época do lançamento? Olha aqui: https://www.youtube.com/watch?v=PNO51pH8kqk